A Lenda de Pigmaleão


Conta uma lenda grega que Pigmaleão, rei de Chipre, e também escultor teve um dia um sonho em que lhe aparecia uma linda e sensual mulher. Acreditou desde logo que se tratava de Afrodite, a deusa do amor e do sexo, que desta forma lhe pedia que esculpisse uma estátua em sua honra. Logo no dia seguinte começou a obra. Imaginou cada detalhe, sonhou com cada pormenor. Lentamente a pedra foi tomando forma. A cada pancada do cinzel foi surgindo a mulher de pedra, que imaginara... e por quem se apaixonou. Deu-lhe o nome de Gelateia.
Por fim a obra ficou concluída. Nessa mesma noite acordou com uma luz que vinha da estátua. Ao pé da estátua viu outra linda mulher que logo percebeu ser Afrodite em pessoa. Esta felicitou-o pela obra-prima que fizera, e, em retribuição da homenagem disse-lhe que lhe concedia um desejo. Pigmaleão nem pensou duas vezes. O seu amor era tanto que o escultor pediu à deusa que transformasse sua criação artística numa mulher verdadeira, de carne e osso. A deusa, sensibilizada com tão grande paixão concedeu-lhe o desejo. Em poucos minutos a pedra foi adquirindo cor e a estátua ganhou vida...
Na versão "american happy end" Galatéia casou-se com seu criador,
dando-lhe, inclusive, um filho chamado Pafos.
Outras versões contam que quando Pigmaleão pediu Gelateia em casamento ela, olhando-o por cima do ombro, recusou por não o achar digno de uma beldade como ela...
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Dos nossos sonhos nascem obras, mas nem sempre essas obras continuam nossas.
Por vezes até os nossos sonhos deixam de ser nossos...

O COMBOIO DA VIDA

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«Algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida com uma viagem de comboio. Uma leitura extremamente interessante, quando é bem interpretada…

A vida não é mais do que uma viagem de comboio: repleto de embarques e desembarques, salpicado por acidentes, surpresas agradáveis em algumas estações e profundas tristezas noutras.
Ao nascer, subimos para o comboio e encontramo-nos com algumas pessoas que acreditamos que estarão sempre connosco nesta viagem: os nossos pais. Lamentavelmente a verdade é outra. Eles sairão em alguma estação, deixando-nos órfãos do seu carinho, amizade e da sua companhia insubstituível. Apesar disto, nada impede que entrem outras pessoas que serão muito especiais para nós.
Chegam os nossos irmãos, amigos e esses maravilhosos amores. De entre as pessoas que apanham este comboio, também haverá quem o faça como um simples passeio. Outros, só encontrarão tristeza nessa viagem… E outros também, que circulando pelo comboio, estarão sempre prontos para ajudar quem precisa. Muitos, quando descem do comboio, deixam uma permanente saudade… Outros passam tão desapercebidos que nem reparamos que desocuparam o lugar.
Às vezes, é curioso constatar que alguns passageiros, que nos são muito queridos, se instalam em outras carruagens, diferentes da nossa. Assim, temos de fazer o trajecto separados deles.
Mas, nada nos impede que, durante a viagem, percorramos a nossa carruagem com alguma dificuldade e cheguemos até eles... Mas, lamentavelmente, já não nos poderemos sentar ao seu lado, pois estará outra pessoa a ocupar o lugar. Não importa, a viagem faz-se deste modo: cheio de desafios, sonhos, fantasias, esperas e despedidas... mas nunca de retornos.
Então, façamos esta viagem da melhor maneira possível… Tratemos de nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um, o melhor deles. Recordemos sempre que em algum ponto do trajecto, eles poderão hesitar ou vacilar e, provavelmente, vamos precisar de os entender… Como nós também vacilamos muitas vezes, sempre haverá alguém que nos compreenda.
No fim, o grande mistério é que nunca saberemos em que estação vamos sair, nem, muito menos, onde sairão os nossos companheiros, nem sequer, aquele que está sentado ao nosso lado. Fico a pensar se, quando sair do comboio, sentirei nostalgia... Acredito que sim. Separar-me de alguns amigos com quem fiz a viagem, será doloroso. Deixar que os meus filhos sigam sozinhos, será muito triste. Mas agarro-me à esperança que, em algum momento, chegarei à estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram. O que me fará feliz, será pensar que colaborei para que a sua bagagem crescera e se tornasse valiosa.
Meu amigo, façamos com que a nossa estadia neste comboio seja tranquila e que tenha valido a pena. Esforcemo-nos para que, quando chegue o momento de desembarcar, o nosso lugar vazio deixe saudades e umas lindas recordações para todos os que continuam a viagem
Para ti, que és uma carruagem do mesmo comboio, desejo-te uma...

…Viagem Feliz ...

… e lembra-te que por ti estarei sempre disponível, seja em que parte da viagem for... »

....Lindo...

Conteúdo de uma apresentação em PPT que recebi e cuja única identificação de autor é Bee

O meu tamanho


«Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura»


Alberto Caeiro
Foto M.P.

Lutas perdidas



Haverá lutas perdidas? Estaremos destinados a perder? Creio que não. Acredito que as "lutas perdidas" nunca o são pois poderão sempre ser fontes de aprendizagem e conhecimento. Saibamos nós olhar cada acontecimento como se deve olhar cada objecto, do ângulo certo... e o nosso cérebro, mágico como é, ajudar-nos-há a transformar dias de chuva em "pores-do-sol", imagens e sensações, pontes que nos transformam, alumiam e indicam-nos novos caminhos.
Fotografia MP